Mas a vista da minha janela durante toda a manhã tem sido a que se segue. E isto é muito parvo de admitir, mas tenho estado esse tempo todo divertido a assistir a esta interessante cena repetir-se e repetir-se e repetir-se.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Quem de facto ganhou?
Permitam-me discordar quando dizem que Cavaco Silva ganhou as eleições presidenciais ontem à noite (ver notícia). Com 53,37% de abstenção, ele se ganhou, foi por arrasto. Pois na verdade, ganhou algo infinitamente pior e mais assustador que qualquer Sr. Bolo-Rei que nos apareça pela frente. Mas sobre isso já houve quem se tenha expressado bem melhor que eu aqui e aqui.
O que eu gostava de deixar claro é que, no meio desta atitude de pasmaceira e de pseudo-lavagem de mãos eleitoral, quem não ganhou com toda a certeza fomos nós Portugueses, pois a mensagem que deixámos aos políticos, de quem tanto nos gostamos de queixar, foi a de que pode continuar tudo na mesma, que a maioria de nós se está a cagar para o que façam, e só quer mesmo alguém para poder continuar a atirar as culpas de tudo.
Mas como já dizia o outro, «a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa!»
domingo, 23 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Presidenciais 2011
Defensor Moura
Fernando Nobre
José Manuel Coelho
Francisco Lopes
Manuel Alegre
Cavaco Silva
Um destes homens será o próximo Presidente da República Portuguesa.
E mesmo com a mais que provável vitória do Bolo-R... (é mais forte que eu)... de Cavaco Silva nestas próximas eleições, dado o (mau?) hábito Português de deixar os presidentes prolongarem a sua pré-reforma pelos cinco anos extra a que têm direito, têm sido umas eleições no mínimo muito sui generis , não só por termos uma candidatura de um "não-político" supostamente não apoiada pelo sistema, mas principalmente por termos também uma candidatura do Tiririca Madeirense, de quem já se ouviram frases marcantes e profundas como "Os políticos são como as fraldas, se não se mudam começam a cheirar mal".
Ora digam-me lá se isto não promete?
Ah! E apesar disto, no próximo domingo aproveitem e vão votar. Que mais que um direito dado como garantido, votar nos dias que correm é, no meu entender, acima de tudo um dever.
(Referência à "piada" do bolo-rei aqui!)
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Manhãs...
O problema das manhãs passadas numa sala de espera das consultas de um hospital é o facto de sabermos que chegará o dia em que se sentará mesmo ao nosso lado uma senhora que entornou o frasco de perfume em cima antes de sair de casa - e cujo o cheiro nos provoca instantaneamente vómitos - e que o seu telemóvel, mais tarde ou mais cedo, vai começar a receber chamadas ao som estridente e demasiadamente elevado da música «Mas quem será o pai da criança?». E tudo isto enquanto na televisão nos mostram o Manuel Luís Goucha saltitando pelo seu "programa" vestido de Rei D. Sebastião.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O 1º halo lunar
Ontem pela noite o caminho até casa foi acompanhado pelo halo lunar azul que surgia indiscreto por entre a vastidão de um céu despido de estrelas. Encantado com tamanha visão e invadido por um egoísmo em nada menor, apressei o passo para poder de alguma forma capturar e imortalizar a reconfortante companhia. Mas a Lua, mais sensata que esta alma ávida de afecto, não me deixou roubar-lhe o brilho e deixou-me à porta de casa apenas com a efémera memória nos bolsos do casaco.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Vamos lá experimentar isto também...
Hoje apeteceu-me experimentar o formspring só porque sim, e também para devolver o título deste blog a quem quiser usá-lo contra mim. Por isso perguntem lá vocês agora! Que eu tentarei responder a tudo o que me perguntarem, mesmo não tendo resposta para nada certamente.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
O que vale é que até já a orientadora sabe que sou estupidamente paranóico
(A minha orientadora há pouco por mail, depois de me informar da data da defesa pública da minha dissertação)
«não stresse! A tese está boa e está pronta! É só afinar a apresentação.
(...) tenho a certeza que vai correr muitíssimo bem!
bom trabalho e bom fim de semana.»
Agora vou só ali hiperventilar um bocadinho e já volto.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Habemus Júri!
Foram três longos meses de sufocante espera desde que entreguei a minha tese no início de Outubro. Mas hoje houve mais um tímido passo em frente. Tenho o júri definido e, apesar de continuar sem saber ainda quando irei de facto ao que interessa (a boa da defesa pública), sinto que finalmente estou a sair da desencorajadora estagnação.
Para completar o estado de animação agora só mesmo uma voz bonita a sussurrar-me coisas simpáticas ao ouvido. Mas como disso ainda não "tratei", tenho sempre o youtube e a Lisa Hannigan para compensar.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
A um Ego perdido e assombrado
Por vezes duvido do porquê de te acobardares assim tanto perante a incerteza e o risco que te são apresentados. É que começo a conceber a malvada hipótese de que não tens assim tanto medo do sofrimento e da solidão causados por uma má jogada, como com tanta facilidade e leveza apregoas; mas antes temes sim a possível existência de um vislumbro, ainda que efémero, a um rasgo de pura felicidade que seja na tua vida. Seres feliz é para ti uma possibilidade aterradora e da qual nunca te consideras justo merecedor. Não lhe estás habituado, nunca lhe tomaste devidamente o gosto, e por isso pensas cobardemente que ninguém te poderá censurar por a colocares de parte, pois é certo e sabido que tememos o desconhecido e nos aconchegamos preguiçosamente ao teimoso, e ainda que desagradável, conformismo. Será por isso um caminho difícil e tortuoso o de aprenderes a lidar com a possibilidade da existência dessa estranha (alienígena até) realidade.
Difícil, mas não impossível.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Mais um novo ano
E para ali estamos. Quietos, parados, eternamente esperando, na triste ilusão de que a simples transposição de barreiras temporais ilusórias mudará alguma coisa nas nossas vidas. Somente porque o tempo passa. E sem nos apercebermos, para ali vamos ficando, e esperando, e esperando, e esperando, alheios a uma realidade que, num grito mudo, nos exige que sejamos nós a fazer alguma coisa para que ela de facto possa mudar.
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