quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Greve do Metro

Hoje houve uma e ainda não me acertei com o esquema da coisa para apanhar a alternativa, que nesses dias é um caos. Ora chego a horas, ora acabo por me atrasar uma hora e meia, ora chego quase duas horas antes do tempo (entro às nove...).
De qualquer das formas, acho estes acontecimentos fascinantes, pois é em momentos como estes que somos premiados com a contemplação daquilo que está mesmo lá no fundo do carácter das pessoas, com o âmago do ser humano. E não é bonito. Mesmo nada bonito. Se algum dia formos confrontados com a eminência do fim do mundo, acredito piamente que nos matamos todos uns aos outros antes dele efectivamente acabar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Um dia de trabalho normal

Cantarolar músicas do Sinatra enquanto trabalho; ter de procurar para a patroa os contactos de uma empresa para acabar por me deparar, na zona da equipa dessa empresa no seu site oficial, com fotos do Mantorras no lugar de todos os membros da mesma; acabar por me distrair no final do dia e deixar sair o comentário dirigido a uma colega «então, se as temos é para as mostrarmos!». Nada de novo por aqui.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Assim não dá...

Vêm aí os novos estagiários. E obviamente tinha de existir uma estagiária gira (outra).




E lá se vai a produtividade toda.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Acordai!



Que estes tempos de indignação (ler aqui) sirvam para um maior envolvimento e exigência por parte da sociedade civil na política do país. Que sirvam para que os políticos deste país comecem a trabalhar para o bem do mesmo e não para o bem do seu bolso ou do bolso dos seus amigos e familiares. Que sirvam para responsabilizar quem deve ser responsabilizado por esses "erros de governação" que nos saíram demasiado caros. Que sirvam para exigir uma democracia verdadeiramente justa e sustentável.

«É a Hora!»

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Das origens da crise

Trocado por miúdos, é isto.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Here we go again

Lá se acabaram as duas semanas de férias, regressei a Lisboa e lá fui trabalhar hoje. Não sei que se passa comigo e com esta cidade que, mal cá ponho os pés, desfaço-me em água ao menor movimento: todo eu sou suor. Como se não bastasse isso, a cidade resolveu receber-me da melhor maneira que sabe: com uma greve da Rodoviária de Lisboa. Nem me importaria muito, não fosse ter afectado apenas o regresso a casa. E o regresso a casa para mim é sagrado.
De resto, pensei que a pausa me reanimasse a vontade de regressar ao trabalho, como costumava fazer nos tempos de escola, mas quando a única coisa que se aproveita no meu trabalho é o facto de sair a horas, a vontade de regressar pelos vistos não aparece.
No entanto, hoje também me confirmaram que este ano o 5 de Outubro ainda é feriado e calha a uma sexta-feira. Nem tudo foi mau afinal.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A digerir a coisa...

Estas duas semanas de férias têm sido prósperas em constatações, mas a mais complicada de digerir é a de aparentemente existirem afinal seres humanos do sexo feminino que me consideram «um rapaz jeitoso». E eu não estou psicologicamente preparado para isso.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Água mole em pedra dura...

A paciência tem limites. A compreensão para medidas de austeridade sucessivas que não funcionam, também. E se o actual governo ainda não o percebeu, é melhor que se vá mentalizando, pois se hoje foi a ministra da agricultura que ia levando com um ovo pela tromba (ler aqui), amanhã a coisa poderá não ter tanta piada.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Todo eu sou uma metáfora mal esgalhada

Como se não bastasse agora, qual locomotiva, funcionar a carvão activado, a mudança anual dos farolins arrisca-se a fazer mossa na solvência da CP.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Desabafos

Luto há vários meses, em vão, contra a inércia da escrita. Não é nada que não me tenha acontecido antes, mas desta vez tudo, cá dentro, parece vazio e a vontade, aquela irrequieta comichão na ponta dos dedos, desapareceu para parte incerta. Dizem-me que se quero escrever não posso parar, que tenho de insistir, mas comigo isso não funciona. A escrita nunca foi para mim uma actividade séria, nem talento tenho para tal, sei-o bem. Sempre foi mais um remédio, uma purga mental daquilo que me consumia. E agora parece que já não há aqui nada.
Talvez a monotonia solitária de um início de vida de gente crescida me tenha consumido a ilusão e apagado a chama da esperança num futuro e num mundo interessantes e inesperados. Talvez por isso nada tenha restado a não ser o vazio. Ou então, também não ajude pensar que conheço finalmente os monstros que me atormentavam e que tenha encontrado forma de os manter saciados e aprisionados. Mas não vamos por aí e deixemo-los estar como estão. Que uma vida inteira de desejos e actos reprimidos de alguém que nunca partiu um prato numa adolescência não vivida e que sempre fez o "correcto" em detrimento de tudo o resto, são um aglomerado corrosivo e perigoso de mais para se deixar indiscriminadamente à solta.
Mas o tramado nisto tudo é que sendo eu o pãozinho sem sal que sou, e que já quase nada de interessante ou de apelativo tinha para o sexo oposto e restantes seres humanos em geral, vejo-me agora sem o pouco que podia ainda de alguma forma aproveitar para me manter sociável. Algures, pelo caminho, perdi-me. Não sei se consigo voltar a encontrar-me.

domingo, 2 de setembro de 2012