Hoje o metro ia cheio. No meio das pessoas com as quais sou forçado a ter contacto íntimo para tentar apanhar o autocarro que me deixe mais cedo em casa, apercebo-me das luzes que reflectem a triste cena nos vidros das portas. No meio daquela gente noto um reflexo familiar. No meio do reflexo daquela multidão comprimida, vejo o meu pai com ar sério e taciturno. Tal avistamento deixa-me confuso e baralhado durante escassos segundos, pelo que olho mais atentamente em busca de confirmação e acabo por constatar que aquele reflexo é na verdade meu.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário