«Então? É só isto? Não fazes mais nada? Tanta coisa com teres vontade de escrever outra vez, tanta fanfarronice com o regresso do formigueiro nos dedos e ficas-te por uma lamechice claramente empolada e embonecada de forma a tentares criar a dúvida sobre se terá de facto acontecido e assim fazer-te mais interessante e misterioso. Como se a tua vida fosse mais emocionante do que realmente é. Vá, vamos lá escrever qualquer coisa, se faz favor. ... E pára lá de escrever sobre ti e sobre a tua vida miserável, que já todos percebemos que queres o prémio para o Calimero cá do sítio. ... E não vale tentares disfarçar criando personagens com nomes estranhos. É óbvio que continua a ser sobre ti. Vamos lá então. Escreve qualquer coisa! ... A sério? Outra vez com a cena da mulher que fuma? Para quem abomina tabaco como tu, não percebo essa fixação. O Freud neste momento deve andar a dar voltas na tumba só com o que te vai nessa cabecinha. ... E não me venhas outra vez com o cliché da frustração da folha em branco! Não só já o tentaste razoavelmente uma vez, como o estás a fazer neste preciso momento ao animares a tua voz da consciência enquanto esta te dá um valente sermão. ... Espero bem que não me estejas a imaginar como um grilo de chapéu! ... Não há mesmo remédio, pois não? Eu devia era ter ido para consciência do Fernando Pessoa. Com a quantidade de "gente" por lá, no mínimo mais animado era...»
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