Simplesmente porque ontem foi o dia mundial da poesia e gosto mesmo muito deste poema e então, inspirado na irreverência estampada no mesmo, coloco-o aqui hoje e não ontem.
Também o coloco aqui para tentar exprimir a decepção que o dia de hoje, de greve geral, me tem causado. Preocupa-me muito o caminho que estamos a levar e a completa ausência de sentido cívico de todas as partes que se tem vindo a revelar, principalmente quando se fala de algo tão precioso como é a liberdade. Se por um lado temos piquetes de greve a pressionar e ameaçar quem não quer fazer greve a fazê-la, por outro temos também "patrões" a fazer o mesmo para obter o contrário. Onde fica a liberdade de escolha individual aqui no meio disto tudo não sei bem. E isso preocupa-me.
E, como se não bastasse, temos ainda confrontos com gente a bater em polícias, e polícias a bater em gente e até em repórteres fotográficos que, alegadamente, apenas registavam os acontecimentos (ler aqui). Que raio é isto?! O país está doido, atrevo-me a dizer mesmo esquizofrénico, e faltam-me as palavras para retratar o meu desapontamento. Parafraseando o poema, de facto soluções não as tenho nem as encontro, mas sei que não é por aqui que quero ir, não.
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