Estive a assistir ao discurso do Primeiro-Ministro há pouco (pode ler-se aqui) e não posso deixar de achar interessante e curiosa esta obsessão com a sodomização à bruta dos mesmos de sempre como a única solução para a salvação nacional. Quando foram as eleições, para este senhor tudo isto que ele agora anuncia era desnecessário, de tal forma que correu de lá com o outro palhaço acusando-o de querer fazer o que diz que é obrigado a fazer agora. Eu acredito que o senhor possa ter sido apanhado de surpresa, mas não há mesmo outras alternativas? Não há nada que compense estas medidas? De certeza? É que eu já vi este filme antes. Chama-se Grécia. Parece que tem um fim muito pouco simpático.
Eu espero sinceramente estar enganado e isto nos salve, mas quer-me parecer que daqui por uns meses este senhor vai voltar a falar ao país para dizer que ainda não foi desta e que o buraco é (ou está) mais fundo ainda. E se a resposta vai ser sempre, "afinal não chega, temos de cortar mais um bocadinho nos vossos salários e pensões, aumentar mais uns impostos e têm de trabalhar mais umas horinhas por dia à borla", e não se apontarem estratégias de desenvolvimento económico, vai chegar um dia em que se calhar o país desaparece do mapa. Pode ser que assim se resolva o problema.
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