A ansiedade percorre-te o corpo como um possessivo e violento amante que te tenta aniquilar a existência. É tua velha conhecida, sabes-lhe bem o gosto e conheces-lhe a fama de inoportuna. Visita-te sempre que sentes o teu obcecado e precioso controlo escorregar-te por entre os dedos. E enquanto, desesperado, procuras apressadamente apanhar do chão a teimosa vida que insiste em fugir-te das mãos, ela pacientemente por ali prossegue, violando-te a ingenuidade com a garantia, por ela certificada, de que não prestas e que estarás destinado ao fracasso.
Pelo menos, enquanto ao seu colo continuares a recorrer.
Sem comentários:
Enviar um comentário