segunda-feira, 6 de julho de 2009

Devaneios internos

Olho tudo o que passou do alto do precipício.
Como me arrependo de tanta coisa que fiz e mais ainda de tanta que não fiz! É sempre quando estou prestes a dar mais um salto que fujo para o meu mundo imaginário de ses e hipóteses nunca comprovadas. Já é tarde para o fazer, não há borracha alguma que me apague e não há lápis que volte atrás para reescrever as coisas como queria que elas tivessem ocorrido. "O tempo não espera por nós".
Impotente face a este emaranhado de teias e de ligações que se tornou a minha vida, olho as nuvens por cima da minha cabeça, negras de incerteza, por tudo o que fui, por tudo o que serei. "O tempo não espera por nós". E com um sorriso triste no rosto, volto-me de novo para o precipício.
Dou mais um passo em frente.

1 comentário:

Denise disse...

E cais por ele a dentro como quem finge não ter visto tudo o que de bom se podia passar em volta. É o "morrer de sede à beira da água"... Já passou e já ficou bem longe e agora? Vais viver nisso para sempre? Vais lamentar para sempre o que quer que seja, em jeito de ver se volta?
E se um dia na queda não mais conseguires voltar? E se um dia na queda partires a coluna e ficares preso à vida, vendo sempre todos os outros passar? E se um dia os outros se aproximarem de ti por pena e não por gostarem de ti?
E se um dia resolveres MESMO ser feliz?! =)
(já tivemos esta conversa uma vez; mesmo que aqui e agora seja apenas um monólogo!)