terça-feira, 19 de julho de 2016

Sobre o Pokémon Go só tenho uma coisa a dizer



WHY DON'T YOU LOVE ME?! WHY?!!!


Não quero falar sobre isso...



Daqui


sábado, 16 de julho de 2016

Não resisto a mais uma bojarda



Ainda embalado na onda do post anterior, assistir ao Erdogan fazer um comunicado através duma aplicação para smartphone para que o povo se manifeste nas ruas é mais ou menos o mesmo que termos o José Eduardo dos Santos a querer juntar-se a um clube literário, o Hitler a querer praticar o Sabbath, ou o Cavaco a considerar que o Saramago até tinha umas ideias interessantes.



Já faz parte


Em pleno golpe de estado na Turquia há gente de smartphone em punho a tirar selfies. Arriscaria que provavelmente haverá também alguém a tentar apanhar pokémons lá pelo meio.

(contexto aqui e aqui)

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Não ligo nada a futebol, mas...



... adoro mesmo uma boa ironia. 

Portugal ganhou o campeonato da Europa quando todos duvidaram das convocatórias do seleccionador; quando todos criticaram as tácticas (ou falta delas) e a forma de jogar da equipa que parecia não ir muito longe; quando aquele que era tido como o único jogador que podia dar-nos algum resultado é afastado à força da final em lágrimas; quando todo um país hipocritamente racista passou de repente a venerar um cigano e um negro; quando toda a gente estava convicta que eram os outros que iam e que tinham que ganhar (que o diga a equipa da arbitragem. Valeu o esforço); quando o campeonato é decido com um único golo de um jogador de quem ninguém gostava.

A final foi o único jogo que cedi a ver completamente. E ainda bem, pois aquilo não foi só um jogo entediante de futebol. Aquilo foi tragicomédia no seu melhor que terminou comigo a rir à gargalhada de tão brilhantemente "escrita".



terça-feira, 5 de julho de 2016

«Não há ninguém perto de si»



"... Eu sei, Tinder, foi precisamente por esse motivo que aí criei uma conta."

Passaram-se dois meses desde que criei uma conta no Tinder (ver aqui), e a experiência está a ser mais ou  menos a mesma de quando uso Axe. Uso aquilo, mas elas não caem instantaneamente que nem tordos como na publicidade.

Para quem não conheça a aplicação, a experiência ao início é no mínimo um pouco bizarra. Cheguei mesmo a descrever a coisa a amigos meus como estares em frente à vitrine dum talho a decidir qual é o melhor naco de carne disponível, só que a carne são moças, e por algum motivo as moças são maioritariamente espanholas e brasileiras. Logo estás num talho metafórico, mas num que existe dentro de um livro do Eça de Queiroz.

Apesar do triste reflexo da minha realidade que esta aventura virtual está a ser, a experiência global está a revelar-se toda uma dissertação sociológica.
Gosto particularmente do facto de a maioria dos perfis femininos consistirem apenas numa foto com um nome e uma idade. Sem nada mais. Elas sabem que não precisam de mais para conseguirem um "like". E têm razão. 
Já deste lado, a sensação é que tens que dar o teu máximo para seres o pavão que mais se destaca. Tens que parecer giro. Tens que parecer inteligente. Tens que parecer interessante, Tens que parecer divertido. E com sorte ao fim de dois meses consegues três correspondências, duas das quais duvidas seriamente que não tenham sido por engano. (Meninas, a caixa de mensagens é suposto ter uma função!)

Mas as constatações sociológicas não se ficam por aqui. Temos também as situações caricatas. Por exemplo, nunca sei se as jovens que criam contas na aplicação com fotos acompanhadas dos seus namorados me estão a querer dizer que não querem cá tipos a atirarem-se a elas - invalidando assim toda e qualquer lógica para terem criado uma conta ali em primeiro lugar -  ou se na verdade me estão a querer dizer que a festarola a acontecer vai ser a três, mas não com o rácio de mulheres para homens que nós assumimos sempre nessas situações.

E o que dizer das fotos com crianças? Ou melhor, que dizer dos perfis em que a foto principal são só crianças? Senhoras com filhos, compreendo que procurem alguém que esteja disposto a gostar das vossas crianças e a aceitá-las. Não sei é se com essa táctica não vão só ter correspondências com pessoas que estão dispostas a gostar demasiado das vossas crianças... 

Temos ainda a questão dos perfis falsos criados por bots mal intencionados que nos querem contaminar as maquinetas com malware. Abundam por ali, e as probabilidades de termos uma correspondência com alguém que no fim não passa duma Bimby são bastante elevadas. Dito isto, nem o raio das máquinas me pegam!

Por último, queria deixar uma mensagem de afecto para o informático do Tinder que se lembrou de inventar o "Super Like", essa linda opção cujo comando se confunde a toda a hora com o comando de aceder aos detalhes do perfil, o que faz com que enviemos constantemente "likes" especiais a quem não o queríamos fazer e assim passar vergonhas quando essa pessoa nos faz "like" de volta. Citando o filme The Dark Knight, «some men just want to watch the world burn». Estou solidário, companheiro.


domingo, 3 de julho de 2016

Decision


Por vezes descobrem-se por aí umas pérolas inesperadas. Desta vez foi os nyck.



segunda-feira, 13 de junho de 2016

Smooth


Ah o Verão, aquela época em que está tanto calor por aqui, que vamos no carro de janelas escancaradas, até que paramos num semáforo, e o shuffle do rádio decide meter o vocalista dos Linda Martini aos berros a cantar "Foder é perto de te amar!"

Olá criancinhas a atravessar a estrada...



sábado, 30 de abril de 2016

Desesperado? Quem, eu?!


E pronto, tenho uma conta no Tinder...



sábado, 16 de abril de 2016

Falta o quase!



Toda a minha carreira profissional até ao momento pode ser resumida pela palavra «quase». Estive quase a ir trabalhar para aqui, estive quase a ir trabalhar para ali, estive quase a ir trbalhar para o outro lado...



quinta-feira, 10 de março de 2016

Relativizemos, senhores!


Parece que há um tipo que escreve umas coisas por aí, que apareceu num canal que ninguém vê, num programa que ainda menos gente vê (coincidência, não só costumo ver os dois, como assisti à cena em primeira mão), onde largou umas bojardas sobre o Alentejo para promover o seu livro "sobre" o assunto, e de repente o mundo virtual português passou-se. Pá, não é caso para tanto...

As redes sociais são cada vez mais um aglomerado de indignados anónimos, onde o que interessa é  encontrar algo para odiar e despejar aí tudo o que mais de execrável a humanidade tem. Ultimamente sempre que acedo a uma, cada vez menos esperança tenho no ser humano. Como alentejano, todo este circo me deixou enojado, não por não concordar com a opinião do senhor em causa (sim, porque aquilo nada é mais que a opinião de um tipo, que generalizou umas coisas tendo por base o passado infeliz da sua família), mas por todo o tsunami de alarvidades que se gerou à volta disto tudo e que com isso desperdiçou também uma oportunidade de discussão saudável sobre questões identitárias de determinadas regiões.

Felizmente, sempre que começo a perder a , aparece algo que a restaura um pouco. No meio de tanto barulho, encontrei uma opinião ponderada e equilibrada na Internet, quem haveria de dizer? No blog d'A Gata Christie, que infelizmente não conhecia até aqui, está o melhor texto que li sobre o assunto, no qual me revejo e que recomendo vivamente na esperança que aprendamos todos a relaxar um pouco e a viver e deixar viver. O texto pode ser lido aqui.



domingo, 31 de janeiro de 2016

Moment of Zen



Há gente aos tiros no Porto; há miúdos a matarem-se em escolas; há prédios a arder em Lisboa; a Europa ameaça dar-nos um grande tau-tau por causa do Orçamento do Estado; na Síria não há nada de novo; mas a notícia desta semana que eu acho merecer verdadeiro destaque e acesa discussão é esta:



«Polícia apreende pepinos-do-mar valiosos capturados ilegalmente»




Desenganem-se os defensores dos animais, a minha questão aqui é outra e claramente bem mais premente que salvação do bicho. 



Estrela do mar - faz sentido
Ouriço do mar - percebo porquê


Desculpem lá, mas não é com um pepino que isto se parece!





Fotos daqui, daqui, e daqui.


domingo, 24 de janeiro de 2016

Sinais dos tempos



Sei que o mundo está a mudar (e para melhor), quando o meu avô, do alto dos seus 85 anos - depois de décadas a largar alarvidades acerca das coisas da política como por exemplo, existirem partidos a mais, as mulheres não terem nada que andar metidas na política, e que no tempo do Salazar pelo menos as pessoas eram sérias - chega a casa vindo da secção de voto e diz que votou na Marisa Matias para Presidente da República.


sábado, 23 de janeiro de 2016

domingo, 10 de janeiro de 2016

Big Brother is watching you


É domingo de manhã e estou em frente ao PC a confirmar facturas para o IRS. É oficial, sou um adulto. Estou velho.

E isto do e-factura é tão Orwelliano que há pouco quando entrei no portal pela primeira vez e vi o que já lá estava sem ter feito "nada", o meu impulso foi tapar a webcam e desligar a televisão.